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Amar Portugal

Porque amo este país que não me viu nascer e me senti inspirada pelas "Paisagens de Portugal" do Sapo Blogs.

Amar Portugal

Porque amo este país que não me viu nascer e me senti inspirada pelas "Paisagens de Portugal" do Sapo Blogs.

Direitos de autor

Todas as imagens deste blogue são da autoria de Isa Nascimento, estando protegidas por Direitos de Autor. Se as partilhar, deverá identificar a sua origem.

Viseu | Estátua de Aquilino Ribeiro

26
Mar22

Foi já no final da tarde que fiquei a saber que hoje, dia 26 de março, se celebra o Dia do Livro Português

Tenho esta "mania" de publicar sempre de manhã, mas achei que era uma boa oportunidade para encerrar a série de publicações sobre a cidade de Viseu, partilhando a estátua de homenagem a Aquilino Ribeiro (1885-1963) que pode ser apreciada na Rua Formosa, uma famosa rua pedonal bem no coração da cidade. 

Viseu já tinha dedicado a este escritor português um parque com o seu nome, pois Aquilino Ribeiro nasceu em Carregal de Tabosa, Sernancelhe, no distrito de Viseu.

Mas a 13 de setembro de 2013, no dia em que se celebrava o 128º aniversário do escritor, a cidade foi mais longe, erigindo uma obra escultórica de homenagem àquele escritor.

"Totalmente elaborada em bronze, é a única estátua em Viseu que abdicou da presença de um pedestal (ainda que o passeio tenha sido alteado com um pequeno degrau). Esta característica diferenciadora não deixou de ser notada pelo público e tem favorecido, de forma muito evidente, uma interação observador/monumento que não vemos acontecer em mais caso algum.

Executada em tamanho natural, a obra mostra-nos a figura completa de Aquilino Ribeiro sentado a uma secretária, enquanto redige algumas notas. A identificação do escritor é imediata, já que o escultor reproduziu o seu rosto com extremo realismo. O mesmo cuidado manteve-se na representação das roupas, do mobiliário e dos livros, tal como se de uma fotografia tridimensional se tratasse."

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Viseu | Cava de Viriato

23
Mar22

Iniciei este blogue em dezembro de 2019 porque amo o meu país. Muita coisa se passou na minha vida desde então, levando-me a longos períodos de ausência da blogosfera. Apesar disso, está sempre comigo, assim como o meu país.

Os meus blogues não têm como propósito falar de política, não porque não me interesse ou não me preocupe, mas apenas porque não foi para isso que os criei. Contudo, hoje senti a necessidade de dizer que, se este nosso maravilhoso país fosse novamente invadido, eu tudo faria para o defender.

Por isso sinto-me pessoalmente ofendida quando alguém "justifica" a invasão da Ucrânia pela Rússia. Sinto-me ultrajada quando alguém acha que o povo ucraniano deveria ter-se rendido para evitar as mortes e a destruição.

Afinal, para que serve a vida se não a pudermos viver em liberdade? A história de Portugal é a prova disso.

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Por isso hoje recordo Viriato a propósito de um monumento misterioso que recebeu o nome dele, mas que nada tem a ver com esse herói lusitano que se crê ter vivido no século II a. C., e que foi um importante chefe militar que liderou o povo português contra o domínio que Roma exerceu na Península Ibérica.

A Cava é visível como uma elevação de terra, agora bastante arborizada, que se observa por trás da estátua que a cidade de Viseu ergueu a Viriato em 1940.

Desde o século XVII que eruditos e historiadores tentam deslindar a cronologia e a função deste enigmático monumento. Mas sem sucesso. Há muitas teorias e nenhuma certeza.

Certa é apenas a existência desta construção misteriosa, de planta octogonal, que delimita 38 hectares de espaço interior. O perímetro é superior a dois quilómetros e o recinto resultou da aplanação do terreno e da escavação de um fosso profundo que permitiu o uso da terra para construção de uma muralha que deverá ter tido quatro metros de altura. A Cava dispunha de sistema de captação e drenagem de águas, bem como da capacidade de manter um nível homogéneo nas águas do fosso.

Assim vos deixo, alimentando a esperança de que esta guerra, vã e estúpida como todas as guerras, termine depressa. 

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Viseu | Rua Direita

21
Fev22

A Rua Direita é a artéria comercial mais conhecida e emblemática da cidade de Viseu.

Com cerca de 500 metros de extensão, era o principal eixo viário da cidade já no período romano (há 2000 anos).

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Na época medieval era designada como a Rua das Tendas, por ser, tal como hoje, a principal rua comercial do burgo medieval.

No século XV, o seu nome foi alterado para o atual Rua Direita, pelo facto de ligar diretamente duas das portas da cidade, a extinta porta de São José e a Porta dos Cavaleiros, e não por ser reta (está muito longe disso).

 

Ao longo de toda rua são visíveis casas sobradas, casas senhoriais, janelas manuelinas e inúmeras lojas comerciais tradicionais, verdadeiramente à moda antiga, que coabitam com anúncios de neón, restaurantes modernos e estabelecimentos de marcas modernas.

Quem sabe para que servem estas peças?

Viseu | Adro da Sé

15
Fev22

A coroar o Adro da Sé ergue-se a magnífica Igreja da Misericórdia edificada no século XVI e que se avista de quase toda a cidade. Foi requalificada no século XVIII, adquirindo então a feição e a majestosidade barroca que ainda hoje mantém.

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Mesmo em frente à Igreja da Misericórdia encontra-se a Catedral de Viseu, do século XII e alvo de várias intervenções ao longo dos séculos.

A fachada maneirista veio substituir a manuelina, que ruiu em 1635, e o interior conta com uma abóbada manuelina e um claustro renascentista. As grandes torres dão-lhe um aspeto de igreja fortificada e fazem desta Catedral um marco fundamental da paisagem de Viseu.

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Apenas no século XVIII foram acrescentados o claustro superior e a famosa Varanda dos Cónegos, que é possível visitar juntamente com o Museu “Tesouro da Catedral”. 

 

No centro do Adro da Sé encontra-se ainda um pelourinho em granito com cerca de 5 metros de altura e 6 degraus também em granito.

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Viseu | Chafariz de São Francisco e Porta dos Cavaleiros

10
Fev22

Construído no Século XVIII no início da Rua do Arco, junto de um dos poucos trechos da antiga muralha Afonsina ainda existentes em Viseu, o Chafariz de São Francisco, em granito, é constituído por duas fontes e a imagem de São Francisco na zona central, entre outros motivos decorativos. Nas costas apresenta um importante painel de azulejos, datados da década de 1930 e recentemente recuperados.

Logo ao lado encontramos uma das antigas entradas da cidade medieval de Viseu, a Porta dos Cavaleiros, uma das duas portas que ainda restam das sete que constituíam a muralha construída em 1472 para proteção da cidade.

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No seu conjunto formam um recanto de singular beleza, imortalizado por Camilo Castelo Branco na obra “Amor de Perdição”, pois foi neste local que o autor retratou o confronto mortal entre Simão Botelho e Baltazar Coutinho.

 

 

 

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