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Amar Portugal

Porque amo este país que não me viu nascer e me senti inspirada pelas "Paisagens de Portugal" do Sapo Blogs.

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Porque amo este país que não me viu nascer e me senti inspirada pelas "Paisagens de Portugal" do Sapo Blogs.

Direitos de autor

Todas as imagens deste blogue são da autoria de Isa Nascimento, estando protegidas por Direitos de Autor. Se as partilhar, deverá identificar a sua origem.

Murtosa | Cais do Bico

31
Mai23

Situado na Murtosa, uma vila portuguesa do distrito de Aveiro e sede do Município, o Cais do Bico foi uma excelente surpresa entre os vários pontos de interesse que as margens da Ria de Aveiro oferecem.

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No site da Câmara Municipal da Murtosa pode ler-se que "o Bico apresenta o maior complexo de cais do Concelho da Murtosa" e que foi "outrora um dos mais importantes locais de descarga de moliço, de sal e de materiais de construção". Em meados do século XX albergaria mais de 250 barcos moliceiros e chegou a ter um estaleiro naval. 

Continua a ser a base de trabalho para muitos pescadores murtoseiros e no seu porto de abrigo pode ainda encontrar-se um grande número de barcos, entre eles os tradicionais moliceiros da Ria de Aveiro.

A infraestrutura atual foi inaugurada em maio de 2008 e requalificada em 2012. Disponibiliza parques de merendas, área de serviço para autocaravanas, balneários e circuitos desportivos.

No "bico" encontra-se o Monumento ao Barco Moliceiro, que nos oferece uma magnífica vista da Ria de Aveiro e da praia do Bico, o areal a poente designado área balnear desde 2016 e onde tive a oportunidade de observar uma colónia de flamingos.

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Viseu | Cava de Viriato

23
Mar22

Iniciei este blogue em dezembro de 2019 porque amo o meu país. Muita coisa se passou na minha vida desde então, levando-me a longos períodos de ausência da blogosfera. Apesar disso, está sempre comigo, assim como o meu país.

Os meus blogues não têm como propósito falar de política, não porque não me interesse ou não me preocupe, mas apenas porque não foi para isso que os criei. Contudo, hoje senti a necessidade de dizer que, se este nosso maravilhoso país fosse novamente invadido, eu tudo faria para o defender.

Por isso sinto-me pessoalmente ofendida quando alguém "justifica" a invasão da Ucrânia pela Rússia. Sinto-me ultrajada quando alguém acha que o povo ucraniano deveria ter-se rendido para evitar as mortes e a destruição.

Afinal, para que serve a vida se não a pudermos viver em liberdade? A história de Portugal é a prova disso.

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Por isso hoje recordo Viriato a propósito de um monumento misterioso que recebeu o nome dele, mas que nada tem a ver com esse herói lusitano que se crê ter vivido no século II a. C., e que foi um importante chefe militar que liderou o povo português contra o domínio que Roma exerceu na Península Ibérica.

A Cava é visível como uma elevação de terra, agora bastante arborizada, que se observa por trás da estátua que a cidade de Viseu ergueu a Viriato em 1940.

Desde o século XVII que eruditos e historiadores tentam deslindar a cronologia e a função deste enigmático monumento. Mas sem sucesso. Há muitas teorias e nenhuma certeza.

Certa é apenas a existência desta construção misteriosa, de planta octogonal, que delimita 38 hectares de espaço interior. O perímetro é superior a dois quilómetros e o recinto resultou da aplanação do terreno e da escavação de um fosso profundo que permitiu o uso da terra para construção de uma muralha que deverá ter tido quatro metros de altura. A Cava dispunha de sistema de captação e drenagem de águas, bem como da capacidade de manter um nível homogéneo nas águas do fosso.

Assim vos deixo, alimentando a esperança de que esta guerra, vã e estúpida como todas as guerras, termine depressa. 

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Viseu | Chafariz de São Francisco e Porta dos Cavaleiros

10
Fev22

Construído no Século XVIII no início da Rua do Arco, junto de um dos poucos trechos da antiga muralha Afonsina ainda existentes em Viseu, o Chafariz de São Francisco, em granito, é constituído por duas fontes e a imagem de São Francisco na zona central, entre outros motivos decorativos. Nas costas apresenta um importante painel de azulejos, datados da década de 1930 e recentemente recuperados.

Logo ao lado encontramos uma das antigas entradas da cidade medieval de Viseu, a Porta dos Cavaleiros, uma das duas portas que ainda restam das sete que constituíam a muralha construída em 1472 para proteção da cidade.

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No seu conjunto formam um recanto de singular beleza, imortalizado por Camilo Castelo Branco na obra “Amor de Perdição”, pois foi neste local que o autor retratou o confronto mortal entre Simão Botelho e Baltazar Coutinho.

 

 

 

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Lisboa | Monumento ao Calceteiro

25
Nov21

O Monumento ao Calceteiro, da autoria de Sérgio Stichini, é uma obra de homenagem a esta figura típica de Lisboa na execução da sua arte, a tão conhecida calçada artística portuguesa.

Com uma área de cerca de 30 m2, traduz um conjunto escultórico composto por duas estátuas de corpo inteiro, em bronze, (um calceteiro a cortar pedra e um ajudante com um maço a bater a pedra), enquadradas por um trabalho em calçada portuguesa, representando uma barca de São Vicente, símbolo de Lisboa, realizada, com mais de 10.500 pedras, pelos calceteiros municipais.

Esta estátua foi inaugurado na Rua da Vitória em Dezembro de 2006 e recolocada na Praça dos Restauradores, junto ao Hotel Avenida Palace, em Junho de 2017.

Pavimento: Barca de São Vicente em calçada portuguesa

Fonte: Diretório da Cidade de Lisboa

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Cascais | Torre de Santo António | Forte de Nossa Senhora da Luz

09
Abr21

A génese do que é atualmente o conjunto fortificado da Cidadela de Cascais é a Torre de Santo António, mandada construir por D. João II em 1488. 
Da autoria de Pêro Anes, esta torre defensiva manteve-se ativa até 1580.
Em 1589, Filipe I mandou edificar uma nova fortificação para reforçar a baía de Cascais, constantemente ameaçada pela armada inglesa. O desenho da planta foi entregue ao Capitão Fratino, que projetou uma fortaleza abaluartada de planta triangular, um traçado pouco comum na arquitetura militar portuguesa.
A planimetria pouco usual do Forte de Nossa Senhora da Luz dever-se-á ao facto de ser necessário aproveitar a estrutura existente da torre quatrocentista.

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Torre de Santo António, edificada junto ao mar

À esquerda avista-se a Pousada de Cascais e em baixo a Marina de Cascais

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